Glückliches neues jahr! Pois é, tudo recomeça. Sei lá se podemos chamar de recomeço, pois as coisas parecem tão iguais. Aquecimento global ou paranóia dos ecologistas? Desmoronamentos, enchentes, mortes, tudo misturado ao noticiário da quantidade de fogos que foram queimados na virada. Dubai inaugura o mais alto prédio do planeta, Burj Khalifa, com quase um quilômetro de altura, uma verdadeira Torre de Babel. Na China um cidadão foi condenado a doze anos de prisão por crime ambiental, matou a tiros e comeu, em companhia de amigos, o que se considerava ser o último exemplar que restava do tigre da Indochina. As abelhas comuns, aquelas que nos fornecem o doce mel, estão sofrendo uma redução drástica tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. O diabo-da-tasmânia está morrendo de um misterioso câncer. Folheio os jornais e revistas que recebi nesse início de ano e, desculpem-me, mas sinto uma enorme vontade de esvaziar meu Johnnie Walker, Black Label, que um amigo me presenteou para ajudar a suportar a carga emocional de todas as viradas de ano. O problema é que sou quase abstêmio e acho a realidade dopante o suficiente para não querer beber nada além de alguns vinhos especiais.
Iniciei o ano assistindo a alguns filmes, caminhando muito, visitando algumas cachoeiras esquecidas pelos nossos veranistas, que preferem o agito das praias ao encanto silencioso das nossas montanhas ainda tão cheias de águas mágicas. O ano promete, pois teremos além da copa do mundo de futebol as eleições para presidente, governadores, deputados e senadores. Muito circo pela frente, pão quem sabe, nem tanto. Os marqueteiros da hora embalarão em novas roupagens as velhas mentiras. Esqueceremos as cuecas e meias cheias de dinheiro, assim como esqueceremos as orações descaradas de agradecimento a Deus pelas maracutaias que enriquecem uns poucos com o suado dinheiro dos muitos que trabalham silenciosos pelo Brasil afora. Tenho, infelizmente, quase certeza que, mais uma vez, reelegeremos as velhas raposas de sempre para cuidar dos nossos frágeis galinheiros.
Assustador é, também, ler nas entrelinhas dos jornais e revistas, matérias que tratam da proposta, ou melhor, do Decreto dos Direitos Humanos, elaborado pelo secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, decreto que volta a propor o controle da imprensa. Imaginem, pois, como será nosso futuro se o governo, quando falamos em governo não podemos esquecer que ele é formado por pessoas, filtrar o que podemos e o que não devemos ficar sabendo. Se descuidarmos todos nós seremos transformados em marionetes, assunto que já abordei em crônica, e não passaremos de massa de manobra de políticos que jamais revelarão seus escusos motivos. Seremos, mais uma vez, inocentes úteis, pois sabedores da nossa ignorância nos guiarão por caminhos e metas que só interessam aos poucos que trafegam no que chamamos de esfera política. Bertolt Brecht escreveu que – o pior analfabeto é o analfabeto político – e eu concordo com ele.
Precisamos fazer um grande esforço para que o temor não nos paralise e nos transforme em cordeiros que, passivamente, se dirigem ao matadouro. Acho a esperança um quase vício, pois há sempre o perigo de, com a esperança, jogarmos para o futuro atitudes que deveríamos tomar agora, mas precisamos sonhar sim, porém com os pés firmes no chão da realidade, que pode ser assustadora, mas é apenas aquilo que nós construímos com nossas tentativas falhas.
Iniciei o ano assistindo a alguns filmes, caminhando muito, visitando algumas cachoeiras esquecidas pelos nossos veranistas, que preferem o agito das praias ao encanto silencioso das nossas montanhas ainda tão cheias de águas mágicas. O ano promete, pois teremos além da copa do mundo de futebol as eleições para presidente, governadores, deputados e senadores. Muito circo pela frente, pão quem sabe, nem tanto. Os marqueteiros da hora embalarão em novas roupagens as velhas mentiras. Esqueceremos as cuecas e meias cheias de dinheiro, assim como esqueceremos as orações descaradas de agradecimento a Deus pelas maracutaias que enriquecem uns poucos com o suado dinheiro dos muitos que trabalham silenciosos pelo Brasil afora. Tenho, infelizmente, quase certeza que, mais uma vez, reelegeremos as velhas raposas de sempre para cuidar dos nossos frágeis galinheiros.
Assustador é, também, ler nas entrelinhas dos jornais e revistas, matérias que tratam da proposta, ou melhor, do Decreto dos Direitos Humanos, elaborado pelo secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, decreto que volta a propor o controle da imprensa. Imaginem, pois, como será nosso futuro se o governo, quando falamos em governo não podemos esquecer que ele é formado por pessoas, filtrar o que podemos e o que não devemos ficar sabendo. Se descuidarmos todos nós seremos transformados em marionetes, assunto que já abordei em crônica, e não passaremos de massa de manobra de políticos que jamais revelarão seus escusos motivos. Seremos, mais uma vez, inocentes úteis, pois sabedores da nossa ignorância nos guiarão por caminhos e metas que só interessam aos poucos que trafegam no que chamamos de esfera política. Bertolt Brecht escreveu que – o pior analfabeto é o analfabeto político – e eu concordo com ele.
Precisamos fazer um grande esforço para que o temor não nos paralise e nos transforme em cordeiros que, passivamente, se dirigem ao matadouro. Acho a esperança um quase vício, pois há sempre o perigo de, com a esperança, jogarmos para o futuro atitudes que deveríamos tomar agora, mas precisamos sonhar sim, porém com os pés firmes no chão da realidade, que pode ser assustadora, mas é apenas aquilo que nós construímos com nossas tentativas falhas.
Um comentário:
Caro Gil
parabens pelo blog. textos ricos em informação misturada a tua veia poética. Tb tremo com essa nova tentativa de cercear a liberdade de expressão. espero que não vingue.
grande abraço
Fernando Bastos
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